segunda-feira, 4 de julho de 2011

FORRÓ ELETRONICOM JÁ MAIS

O cantor e compositor Chico César, que já foi presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e, desde janeiro, assumiu a Secretaria de Cultura da Paraíba, declarou guerra contra o forró eletrônico e as duplas sertanejas. Sua declaração feita em entrevista a uma rádio na semana passada, na qual afirma que o governo não vai contratar shows com "bandas de forró de plástico e grupos sertanejos", continua causando polêmica na Paraíba. Nesta terça-feira o assunto atingiu proporções nacionais, e se tornou um dos temas mais comentados do momento na rede social twitter após divulgação da nota de esclarecimento da sua assessoria, em que Chico César reitera suas controvertidas opiniões. No texto, o secretário diz que o objetivo do Governo não é proibir ou impedir que eventos sejam organizados com tendências musicais diversas, mas sim, direcionar os recursos públicos para incentivar o fortalecimento e o resgate da cultura paraibana e nordestina.






Leia, abaixo, na íntegra, a nota do secretário:



“Tem sido destorcida a minha declaração, como secretário de Cultura, de que o Estado não vai contratar nem pagar grupos musicais e artistas cujos estilos nada têm a ver com a herança da tradição musical nordestina, cujo ápice se dá no período junino. Não vai mesmo. Mas nunca nos passou pela cabeça proibir ou sugerir a proibição de quaisquer tendências. Quem quiser tê-los que os pague apenas isso. O Estado encontra-se falto de recursos e já terá inegáveis dificuldades para pactuar inclusive com aqueles municípios que buscarem o resgate desta tradição. São muitas as distorções, admitamos. Não faz muito tempo vaiaram Sivuca em festa junina paga com dinheiro público aqui na Paraíba porque ele, já velhinho, tocava sanfona em vez de teclado e não tinha moças seminuas dançando em seu palco. Vaias também recebeu Geraldo Azevedo porque ele cantava Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro em festa junina financiada pelo governo aqui na Paraíba, enquanto o público, esperando a dupla sertaneja, gritava "Zezé cadê você? Eu vim aqui só pra te ver". Intolerância é excluir da programação do rádio paraibano (concessão pública) durante o ano inteiro, artistas como Parrá, Baixinho do Pandeiro, Cátia de França, Zabé da Loca, Escurinho, Beto Brito, Dejinha de Monteiro, Livardo Alves, Pinto do Acordeom, Mestre Fuba, Vital Farias, Biliu de Campina, Fuba de Taperoá, Sandra Belê e excluí-los de novo na hora em que se deve celebrar a música regional e a cultura popular”.Secretário de Estado da Cultura - Chico César



Leia abaixo, as palavras da Primeira Dama PB em Apoio ao Secretário:



A primeira dama do Estado da Paraíba e jornalista Pâmela Bório, através de seu micro blog Twitter, disse nesta manhã (19), que apóia as declarações do secretário de cultura do Estado Chico Cezar, ao escrever que os seus ouvidos não é penico para ouvir forró de plástico.
“Vale a regra do bom senso e da inteligência. Meu ouvido não é pinico... Ora bolas! O seu é? Queremos musica de qualidade!”, postou Pâmela. A jornalista disse ainda, que o Governo deve preferir os artistas que mantêm a tradição, respeitam a cultura autêntica do nordeste e não aqueles que agridem as pessoas com letras absurdas. Em protesto as twittadas da primeira dama, o vocalista paraibano do grupo forró da Xeta Felipe Lemos, retwittou as postagens de Pâmela repudiando e chamou o governador Ricardo Coutinho de Hitler.


Fontes: Blog do Prof. Evaldo